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Porque o mito de "bondade máxima" de Chico Xavier é falso

Os fiéis religiosos parecem robôs. Para defender seus ídolos, interesses e pontos de vista, apelam para bordões que repetem sempre que são questionados. São os mesmos argumentos, as mesmas crenças, as mesmas ilusões e a mesma falta de coerência e de bom senso. Como não são racionais, esses fiéis nunca conseguem justificar suas crenças de forma racional.

Os devotos de "São" Chico Xavier, o médium superestimado e estigmatizado como "maior exemplo de bondade da face da Terra", o defendem com unhas e dentes justamente por acreditar neste estigma. Estigma que é falso e que se tornou mais um dogma dessa igreja que se transformou  "Espiritismo" brasileiro.

Pois sinto dizer que este estigma de "bondade máxima" dado a Chico Xavier é falso. Apaixonados pelo médium podem parar de se revirar no sofá. Vocês não são epilépticos para ficarem se contorcendo por qualquer motivo. Chico Xavier nunca foi essa bondade toda. Há milhões de pessoas muito mais capazes de verdadeira bondade do que o médium, que nem doador de órgão foi.

Não que o médium fosse mau. Não era, apesar de ter cometido uma grave falha por negligência, de travar a evolução intelectual de seus seguidores ao tirar seus adeptos do caminho do Kardecismo e desviá-los para o caminho do Catolicismo medieval em que acreditava. Sim, porque Xavier nasceu e morreu católico. Era praticante e nunca largou sua crença, acabando por inserir muitos dogmas de sua verdadeira crença, emporcalhando o Espiritismo que era praticado no Brasil.

Ao assumir a liderança - mesmo sem rótulos, pois Xavier, forjando humildade, não queria ser rotulado de líder, embora assumisse compromissos como tal - daquilo que os brasileiros pensam ser o "Espiritismo", Xavier contraiu uma séria responsabilidade. Como suposto espírito de"evolução máxima" (?????!!!!!) sua caridade deveria ser muito mais eficiente do que deveria. Não foi. Se ajudou as pessoas, o fez como qualquer mortal faria. e com muito menos eficiência.

Suas ideias, atos e seu prestigio foram incapazes de transformar a sociedade brasileira. Não há evidências de que a sus bondade realmente transformou vidas. Seu modelo de caridade era igual ao que as ONGs e instituições de caridade já fazem, muito mais com o objetivo de suportar problemas do que acabar com eles. Seus ajudados saem como pessoas comuns, apenas preparadas para o mundo-cão que o Espiritismo sério - desprezado por Xavier - acabaria.

O ato de tentar consolar mães desesperadas pelas mortes dos filhos é muito mais uma maldade por negligência do que caridade. Era como o método "tábua Ouija", também conhecida como "a brincadeira do copo", feita com o suposto interesse de dizer as mães como estão seus filhos na outra dimensão. Se as mães tivessem a fé que alegam ter, sinceramente abririam mão de tentar s comunicar com filhos mortos, sabendo que nenhum espírito está em pior condição do que esteve quando encarnado. Chico Xavier demonstrou bastante irresponsabilidade com esta atitude. Ele, que nunca estudou de fato a doutrina, estava brincando com algo bastante perigoso.

E de fato, a caridade de Xavier não conseguiu melhorar a sociedade como um todo. Se o que falam sobre Chico Xavier fosse verdade, sentiríamos as mudanças bem visíveis, com problemas exterminados, injustiças sendo negadas e uma qualidade de vida estrondosamente elevada. Uberaba, onde o médium viveu e exerceu sua suposta "missão", teria sido o maior IDH do mundo, se tudo aquilo relacionado com o prestígio do médium fosse real. 

Uberaba não é a localidade mais desenvolvida do planeta e ainda por cima, Xavier nos desviou do caminho da racionalidade kardeciana, nos colocando na areia movediça da fé cega, permitindo que aceitemos um monte de absurdos sem questionar, travestindo problemas como se fossem "bálsamos" e atrasando em milênios o desenvolvimento da humanidade, preservando tudo de errado que há em nossa sociedade, só porque "é importante sofrer em silêncio".

Como o homem "mais bondoso do mundo" pode achar lindo sofrer em silêncio? Só isso derruba o mito de "bondade" do superestimado médium. Mito criado para soterrar as acusações reais de seu charlatanismo. Pois só fraudando e mentindo para poder realizar mediunidade e despejar "filosofia" sem o estudo sério e responsável que um verdadeiro espírita deveria fazer.

A Federação Espúria Brasileira teve que criar este mito, lançando mão de uma avalanche publicitária para que o charlatanismo comprovável fosse definitivamente soterrado e seus admiradores contraíssem o fanatismo necessário para proteger o médium de qualquer tentativa de desmascará-lo. Pobres mortais nunca se arriscariam a desmentir um idolatrado semi-deus, condição para qual o médium foi alçado no imaginário popular do brasileiro.

Veredicto: esqueçam Chico Xavier. Ele foi uma farsa e não serve como líder e muito menos como exemplo de "bondade máxima". Sua suposta bondade foi bastante inútil para o desenvolvimento da sociedade com um todo. Pois não passa de mais um falso dogma, como muitos de uma igreja "espírita" metida a racional. 

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