Os brasileiros que pensam que são "espíritas" não somente não entenderam a doutrina, como também cultuam mestres que também não entenderam, mas insistem em divulgar absurdos que contradizem e renegam muitos pontos.
Para os brasileiros, Allan Kardec, o codificador, virou apenas um rótulo a aprovar os absurdos que se apresentam como dogmas na versão brasileira transformada em Igreja considerada "Espírita".
O maior mestre da doutrina, para os brasileiros é Chico Xavier, um caipira católico que nunca estudou Espiritismo e divulgou como integrante da doutrina tudo aquilo que ele pessoalmente acreditava, oriundo de sua fé católica e de pontos de vista puramente pessoais. Pergunte a qualquer um, meso leigo, sobre Espiritismo e a primeira coisa que virá a cabeça de qualquer um é a imagem do caipira de óculos escuro e peruca. Allan Kardec? Nada disso! Kardec virou o lacaio de Xavier.
Mas Chico Xavier cresceu demais na Igreja Espírita. Virou um gigante inabalável, graças ao esforço da FEB em transformá-lo em divindade. Sim divindade. Uma monstruosa divindade.
Biografias foram escritas (antes da oficial, de Marcel Souto Maior, muito mais realista e um tanto iconoclasta) para tentar inserir no médium superpoderes para provar sua condição divinal. Xavier voava, flutuava, estava em vários lugares ao mesmo tempo, viajava a mundos espirituais e ainda era tido como uma das maiores autoridades do universo. Sim, foi o que você leu. Do universo.
E isso não para por aí. Uma pesquisa feita anos atrás entre "espíritas" sobre a personalidade mais influente, Chico Xavier aparece em primeiro lugar, acima ate de Jesus, que os espíritos sérios consideraram o espírito mais evoluído que esteve na face da Terra. Jesus, que Xavier pensava que não conhecia o Brasil e que Divaldo disse que tinha olhos azuis, mesmo nascendo no Oriente Médio.
O mito de Xavier impulsionou uma onda de fanatismo cego. Temendo - no subconsciente, pois ninguém assume isso de fato - ser Xavier a reencarnação do próprio Deus (se Xavier estava acima de Jesus...), muitas pessoas reagem deforma incômoda e até odiosa a qualquer crítica feita ao médium.
Mesmo os que combatem os exageros da FEB, preferem preservar Xavier, dando o privilegio único de não responder pelos seus erros, cuja responsabilidade é atribuída a terceiros. Na contramão, permite-se que Xavier responda pelos acertos que NÃO cometeu. Para muitos, é importante atribuir o caráter de perfeição a Xavier, como se este fosse infalível e incapaz de cometer qualquer tipo de erro.
O mito de Xavier cresce a cada dia, mesmo com seu falecimento - que foi muito estranho, usado para unir dois fanatismos, o religioso e o futebolístico - fazendo com que o médium fosse cada vez mais divinizado, muito mais do que um semi-deus, confundido às vezes com o próprio Deus, a largar a administração do universo para vir a um planetinha insignificante e atrasado.
Eliminando esse lindo conto de fadas que diviniza Xavier, ofato é que o médium foi na verdade um ingênuo manipulado no início, mas que pegou gosto pelo poder dado a ele, que o fez ter popularidade e influência.
Xavier com certeza já reencarnou e irá pagar por muita dívidas que contraiu ao difundir erros, enganando multidões imensas na intenção de se consagrar como"maior profeta do mundo moderno", dando uma imensa contribuição para que tudo de errado fique como está no cotidiano dos brasileiros.
Com absoluta certeza, Chico Xavier não é Deus. Não chega perto nem de um milionésimo disso. E se Deus existisse, estaria muito magoado com Xavier por todo charlatanismo feito para tentar validar a sua incompreensão doutrinária, pois de fato, o médium sempre foi um católico que morreu sem entender a doutrina, após enganar a todos, ao fingir ser o seu maior representante.
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