Sim, porque, pelas informações que obtivemos com base nas redes sociais dedicadas à doutrina, os seguidores da forma cristã (deturpada) da mesma, já começam a inserir características das igrejas neo-pentecostais na filial brasileira da doutrina. Claro que alguns dogmas peculiares são mantidos, mas tratados com o fanatismo típico das novas igrejas evangélicas.
Uma das coisas a observar é a insistente mania de classificar a versão brasileira como "cristã", tratando a única obra lida de Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, não como uma análise, mas como uma tradução. Uma adaptação da segunda parte da Bíblia a satisfazer as taras religiosas dos fanáticos que nunca passaram de católicos medievais que acreditam em vida após a morte.
A racionalidade de Kardec - junto com o seu compromisso altruísta coerente com a sua simpatia por causas progressistas - foram jogadas literalmente no lixo. Kardec ainda é louvado, mas como uma espécie de "cartório" a autenticar as bobagens igrejeiras que nascem das mentes incapazes de raciocinar com precisão. Qualquer besteira anunciada, põe na conta do professor de Lyon que ele paga.
Estes fiéis acabam preferindo seguir cegamente vigaristas como Chico Xavier e Divaldo Franco, como se estes tivessem examinado detalhadamente os dogmas antes de divulgá-los. A lei do menor esforço sempre colocou a fé acima da razão, pois é muito mais fácil acreditar do que raciocinar. Além disso a fé traz o estereótipo de superioridade que fascina incautos e incultos, como se absurdos fossem lições a serem aprendidas futuramente.
A afinidade entre os dois arqui-inimigos religiosos, "espíritas" cristãos e neo-pentecostais, que vivem xingando uns aos outros, mas defendem o mesmo moralismo herdado do Catolicismo medieval (criticado por ambos) cada vez mais tem transformado o "Espiritismo" em uma religião retrógrada, seguida por beatos mal-humorados, sedentos por milagres instantâneos e submissos a lideranças duvidosas a prometer o paraíso em uma vida posterior.
É mais um golpe contra a doutrina codificada na França, ainda desconhecida no Brasil e que deturpada, serve apenas para satisfazer os desejos particulares de fiéis racionalmente preguiçosos a preferir a histeria da fé do que uma racionalidade responsável.
Mais um motivo que forçará o fim do "Espiritismo" brasileiro, doutrina farsesca já em franca decadência, hoje limitada a uma reles Torre de Babel habitada por beatos ranzinzas e retrógrados.
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