Que o "espiritismo" anda cometendo das suas, isso é verdade. Vide classificar como "regeneração da humanidade" uma manifestação de midiotas" contra Dilma Rousseff, uma série de protestos movidos pelo ódio (alô, "espíritas") e que abriu caminho para esse governo de corruptos tendo à frente o retrógrado Michel Temer.
Isso vem desde 1884, quando o "espiritismo" escolheu ser apenas uma adaptação paranormal do Catolicismo português, de moldes medievais. O "espiritismo" se limita a ser apenas um "catolicismo à paisana", sem folhas de ouro, sem batinas pesadas nem ritos austeros, em que é preciso colocar, no mezanino, um órgão gigante para tocar os acordes musicais sacros.
Não. Basta um rapazinho com violão e umas três pessoas cantando junto e, pronto, temos a musiquinha "espírita" (leia-se com letras "positivas"), seja ela que for, até "Rap da Felicidade", se o pessoal escolher. Isso se não colocarem "Beijinho no Ombro", que parece ser o tema do "Coração do Mundo".
Pois o "espiritismo", escolhendo ser tão somente um catolicismo sem uniforme mas com paranormalidade, iniciou seu rol de confusões, contradições e equívocos muito, muito graves, tão graves e tão deploráveis que dá pena as pessoas darem ouvidos a um "espírita".
Nem um Divaldo Franco merece um milésimo da credibilidade e prestígio que recebe. Se estivéssemos em um país desenvolvido, Divaldo seria desmascarado como um charlatão manipulador. Ele é até garoto-propaganda de uma farsa chamada "crianças-índigo", que custou até a união do casal que inventou essa bobagem, com tanta ganância financeira.
Além disso, se Divaldo vivesse no tempo de Jesus de Nazaré, a decepção seria gigantesca, porque o "médium" baiano personifica justamente o tipo de hipócrita religioso, verborrágico, adulador e mistificador. Esta constatação pode chocar muitos e muitos brasileiros, mas, paciência, o país tem um elenco de "notáveis" completamente desastrado, bando de "confiáveis" sem confiança, pessoas que erram demais e com muita gravidade, mas que "têm sempre razão".
E aí muitos acabam tendo crenças e visões absurdas, não percebem o asneirol que vem "de cima", de gente com prestígio, com fama, com dinheiro, tida como "sábia", "admirável" ou coisa parecida. Houve gente que ingenuamente classificou o "espiritismo" brasileiro como "progressista" sem saber que a doutrina defende ideias medievais, apenas sob uma retórica suave e atraente.
VENCER? NÃO SERIA DERROTAR?
Uma das maiores besteiras cometidas pelos "espíritas" é o mito do "vencer a si mesmo". Acham que isso é uma ideia relacionada a uma combinação de esperança, esforço, resignação e perseverança, quando isso é, na verdade, uma grande asneira que só serve para depreciar ainda mais alguém que sofre.
Afinal, na linguagem das competições esportivas, "vencer" significa "derrotar". Se você vence alguém, você está derrotando alguém. Se você vence a si mesmo, logo quem está sendo derrotado é você mesmo. Você sairá vencedor nesta? Não.
Se você venceu você mesmo, você se derrotou, Você não é vencedor e, como numa multiplicação entre um número negativo e outro positivo não dá para ter resultado positivo, não há chance de haver um vencedor no combate de você consigo mesmo.
Se você prestar atenção nessa mancenilheira retórica dos "espíritas", "palavras de amor" que viram peçonhas para a vida, verá que essa ideia de "vencer a si mesmo" esconde alguns aspectos profundamente perversos e desumanos.
A ideia é: deixe de lado seus desejos, suas necessidades, seus talentos, seus méritos. Viva uma vida "qualquer nota" e fim de papo. Aprenda a gostar do que detesta, a fazer o que não sabe, fique feliz com seu sofrimento, sorria para quem lhe prejudica gravemente, e se você puder respirar, isso é tudo o que você terá em sua vida.
Isso mostra o quanto o "espiritismo" brasileiro é ligado à Teologia do Sofrimento, principal corrente do Catolicismo medieval, cujo aspecto desumano está em pouco se importar se a pessoa desperdiça uma encarnação inteira sofrendo desgraças.
Como para o "espiritismo" não existe individualidade, e a vida material e espiritual não têm critério algum, senão uma simplória resolução de um maniqueísmo, tanto faz você viver uma ou duas encarnações com desgraça e mudar demais seus planos de vida de modo a abrir mão até do que mais precisa e sacrificando até seus dons de ajudar e transformar a humanidade.
Daí que "vencer a si mesmo" significa, na verdade, abrir mão de sua individualidade, de seus talentos e suas qualidades humanas e aceitar ser capacho do destino, ser um escravo das circunstâncias e sofrer o que tiver que sofrer, visando a loteria do céu, através do prêmio das "bênçãos futuras" que ninguém consegue esclarecer o que se trata, e talvez possa significar, simplesmente: NADA.
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