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Macumba Branca

Tudo que é feito de maneira irresponsável pode gerar danos. Principalmente se envolve espíritos, que sem os corpos, possuem a liberdade plena para agir como quiserem, desde que encontrem oportunidade. E a falta de estudo somado ao desejo igrejista do "Espiritismo" brasileiro deu esta oportunidade.

O "Espiritismo" brasileiro é na verdade uma Tábua Ouija em forma de filosofia. Desprezando as lições do Espiritismo original, se limitando apenas a bajular Allan Kardec, a forma deturpada que se construiu no Brasil se caracteriza mais como um ecumenismo igrejista de predominância católica, que rendeu inúmeros enxertos que acabaram por bagunçar a doutrina.

Essa irresponsabilidade doutrinária acabou por atrair, pela lei de afinidade frequentemente ignorada pelos "espíritas", uma falange de espíritos mistificadores, cheios de terceiras a décimas intenções que trouxeram uma carga enorme de energia negativa que estraga a vida de seus seguidores. Se não bastasse travar o desenvolvimento intelectual dos mesmos, já que o "Espiritismo" praticado no Brasil nada tem do intelectualismo do espiritismo original.

Curioso que somente a menção positiva de alguns totens da deturpação, como o superestimado Chico Xavier é o suficiente para atrair azar. Um famoso jornalista escreveu um texto citando o nome do médium de forma positiva e semanas depois se envolveu em uma polêmica desnecessária que rendeu ofensas graves. Tudo parou quando ele apagou o nome do médium de seu texto (que não era sobre Xavier).

Conheço pessoalmente várias pessoas que seguem esta forma estranha de "Espiritismo" e vivem em ondas de azar crônico com problemas que nunca se resolvem e/ou que causam graves danos à vida ou ao bem das pessoas. 

O "Espiritismo" brasileiro pode ser considerado como uma espécie de "macumba branca". Mas infelizmente, seus deturpadores ganharam um prestígio que os faz intocáveis. Mesmo com práticas estranhas que incluem fraudes, falsas psicografias, quadros falsificados, caridade paliativa, o "espiritismo" pirata sege firme e forte angariando respeito por onde passa, graças a falta de um denunciador que fosse um formador de opinião, como houve no exterior as denúncias sensatas de Christopher Hitchens sobre a falsa filantropa Madre Teresa de Calcutá, inspiração para a criação do falso mito de Chico Xavier, o principal embusteiro da deturpação doutrinária.

Xavier inclusive é divinizado e sus admiradores se divertem enxertando qualidades e mais qualidades falsas no médium, na tentativa desesperada de transformá-lo no melhor homem do mundo, um sobre-humano, quase um super-herói, um santo ou até um "Deus".

E o culto a esse farsante coerentemente tem atraído muitos espíritos de índole duvidosa como o jesuíta Emmanuel, de orientação medieval, que ditou livros cheios de erros e se assumia um romano, mas que não entendia latim. Uma fraude que já começa no além tumulo.

E vocês acham que uma doutrina que enxerga a vida espiritual como uma brincadeira e fica perdendo tempo teorizando sobre amor, paz e felicidade (que não devem ser teorizadas e sim, praticadas), iria atrair espíritos sérios? Claro que não!

Do mesmo modo que amantes da música erudita não frequentam bailes "funk", espíritos sérios e responsáveis não iriam frequentar centros espíritas que mais parecem réplicas modestas das igrejas católicas, com direito as suas missas e sermões sobre caridade estereotipada. E claro, passando bem longe de qualquer forma de estudo sério.

E por atrair espíritos de índole suspeita, obviamente se permite uma onda de azar por influência do "Espiritismo" brasileiro, avesso a estudos profundos e que trata a vida espiritual de acordo com as suas convicções pessoais mais equivocadas, pensando que todos que morrem vão a um shopping center para virar padres vestidos de branco a cantar ladainhas igrejistas.

A falta de estudo sério favorece a aplicação de ideias equivocadas que não raramente podem ser perigosas para muita gente. Não brinquem com espíritos. Para eles, não há limites físicos para que possam satisfazer seus interesses mesquinhos.

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