Pular para o conteúdo principal

Canonização de Madre Teresa tem objetivos de atrair e manter fiéis para Igreja Católica

Madre Teresa de Calcutá é admirada por muita gente. Muito mais pelo que ela representa do que pelo que ela fez. Religiosos não usam a razão e sim a fé para decidir se alguma coisa é válida ou não. E uma velhinha frágil vestida de freira e membro de uma igreja nunca poderia ser cruel, certo? Errado!

Coerente com a religião cuja obra, a Bíblia, legitima atrocidades em nome da religião e também com a Teologia do Sofrimento, ideia lançada na Idade Média (mas difundida mais tarde por Teresa de Lisieux) que defende que a felicidade só pode ser alcançada pelo sofrimento (ideia que influenciou a meritocracia capitalista), Madre Teresa nunca foi exatamente uma boa pessoa, apenas se encaixando com perfeição aos estereótipos tradicionais atribuídos à "bondade".

Seu tutelados eram hospedados em condições indignas, dormindo em valões fétidos, misturados com portadores de doenças contagiosa, lavados com água não-potável e sendo tratados com remédios fora do prazo por seringas reutilizadas. Mas Madre Teresa, entusiasta da Teologia do Sofrimento, não se importava, pois fazer os outros sofrer, para ela, era como acelerar a "salvação" de seus tutelados.

Na verdade, o mito de que a Madre Teresa era bondosa (chegando a ser  ela própria um estigma de "bondade máxima") foi construído por um jornalista católico Malcolm Muggeridge, que realizou um documentário Algo bonito para Deus, que construiu uma imagem positiva da madre que largava seus tutelados em condições sub-humanas para ir viajar em aviões de luxo com autoridades corruptas e autoritárias que supostamente ajudavam a madre, que desviava dinheiro para o Vaticano. 

Este desvio de dinheiro para o Vaticano tem muito a ver com a canonização ocorrida no último domingo, pois é uma boa forma de gratidão a madre que preferiu ajudar sacerdotes riquíssimos do que pobres jogados em uma vala. 

Além de forma de gratidão, a canonização é uma forma da Igreja Católica, que não cessa de perder fiéis para outras seitas e até para o sensato ateísmo, de atrair de volta os velhos fiéis e trazer novos, pois o aumento na quantidade de fiéis é interessante tanto a nível de influência, como também a nível financeiro. O documentário de Muggeridge "consagrou" a madre, que hoje é muito popular e admirada por muitas pessoas que preferem ignorar sua triste verdade. 

Como estão cegas pelo estereótipo da madre, muitos acreditam que documentários que revelam a verdade sobre a nova santa, como Anjo do Inferno, do jornalista ateu e socialista inglês Christopher Hitchens, são "mentiras para abalar o prestígio da madre". Eu vi o documentário e não há nenhum truque ou manipulação para denegrir a madre. Infelizmente, a cruel negligência da madre é verdadeira.

Sabe-se que o dinheiro recebido supostamente para ajuda dos projetos da madre nunca chegou aos mesmos. As famílias dos tutelado abandonados pela madre "bondosa" devem estar muito tristes com esta canonização. Uma verdadeira comprovação de que as religiões não tem compromisso com a bondade e sim com a manutenção de mitos a comover multidões.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Divaldo não sabia que estava apoiando um neo-nazista?

Infelizmente, o "Espiritismo" brasileiro é a religião mais respeitada do Brasil, já que suas irregularidades e erros nunca são denunciados. Por isso fica fácil pagar a doutrina brasileira, totalmente contradizente com a doutrina original francesa, e preservá-la diante da opinião pública que a define como a religião mais racional, moderna, honesta e humilde do país. Na época das eleições, correu uma declaração de Divaldo Franco que deixou os seus admiradores mais progressistas de cabelos em pé, embora em inúmeras vezes, inclusive em suas obras, o "médium" baiano tenha exposto seu claro conservadorismo, adequado a forma medieval de Catolicismo que dominava em seus tempos de jovem. Falando curto e grosso: Divaldo declarou seu apoio a Jair Bolsonaro. Não podemos mais colocar provas disto aqui por alguma censura que retirou qualquer referência a declaração para que fiéis progressistas continuassem idolatrando o "médium", que dá muito dinheiro para a

Ódio anti-petista de Robson Pinheiro pode ter orientação de espíritos de senhores de engenho e adeptos do Fascismo

O "Espiritismo" sempre foi conhecido como a religião da razão e do amor. Mas Robson Pinheiro que mudar isso. Para ele o "Espiritismo" passa a ser a doutrina da barbárie e do ódio. Incapaz de negociar com aqueles que não se afinam com suas convicções políticas elitistas, Pinheiro se une aos neo-pentecostais e derrama a sua gosmenta baba de raiva contra a esquerda, ignorando os verdadeiros responsáveis pela crise, que é mundial e desprezando os bastidores do poder. Robson é um autêntico analfabeto político, pois dá sinais de que não sabe das complexas relações de poder, num perfeito exemplo de pedantismo político. E de acordo com a lei de afinidade (ignorada pelos "espíritas" brasileiros), atrai espíritos de senhores de engenho e de simpatizantes do Fascismo. Pinheiro psicografa um livro "político" demonstrando escancarado desconhecimento sobre o assunto. Ignora fatos que comprovam que a verdadeira quadrilha é justamente os políticos que ele

“Divaldo Franco é um charlatão”, diz jornal espírita sobre bolsonarismo do médium

Publicado no Jornal Crítica Espírita: Na análise marxista, a religião possui um duplo sentido social. Pode ser tanto “ópio”, ou seja, alienação, misticismo, sectarismo, e domesticação das massas em prol da classe que a oprime, quanto “protesto”, como transformação para “quebrar as correntes que aprisionam o homem a um mundo invertido”. Allan Kardec, na Revista Espírita de 1868, alguns meses antes de desencarnar, conceitua religião como “comunhão de pensamentos e sentimentos com vistas ao amor e à fraternidade”. Com todas as limitações históricas e teóricas, viu que a religião deveria se caracterizar pela existência de elementos progressistas. Nesta foto, vemos perfeitamente a religião como ópio e ferramenta da ignorância e do ódio. Abraços afetuosos, exalando canalhice, safadeza e aquele sadismo clássico e “civilizado” de quem quer receber aplausos daqueles cuja dignidade foi sabotada por um projeto econômico e político de extorsão do povo. Lado bom: máscaras finalmente caíram. Há al