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Suspeição de Moro comprova farsa de Divaldo Franco

Muitos cresceram acreditando que Divaldo Franco seria um profeta, um enviado divino a educar a humanidade e cuja  comunicabilidade com os espíritos lhe daria autoridade para revelar os segredos mais profundos do universo e de nosso cotidiano, sendo supostamente a melhor pessoa a dizer para qualquer fiel como deveria agir para melhorar o seu caráter e a sua vida.

Tudo balela. E não somos nós que estamos dizendo. José Herculano Pires, o melhor tradutor que Allan Kardec teve, que havia alertado sobre a vigarice de Divaldo Franco, que veio na onda de Chico Xavier, outro farsante, a se intrometer na doutrina e usá-la para angariar súditos a lhes fazer as vontades e consagrá-lo como líder religioso, tornando-se detentor de vários privilégios. Mas ninguém quis ouvir Herculano e a erva daninha cresceu e se fortaleceu.

Mesmo farsante, Divaldo conseguiu enganar muita gente. Até a equipe que escreve este blog tem membros que foram enganados pelas belas palavras do falso médium baiano por muitos anos. Divaldo é farsante mas é bom orador. Nada sabe sobre o verdadeiro Espiritismo, mas conhece muito bem a retórica e sabe perfeitamente como seduzir ouvintes e convencê-los das teses mais absurdas.

Para quem acredita nele, Divaldo é um profeta que conhece muito bem os bastidores da realidade através da clarividência. Mas seus comentários sobre assuntos de diversos tipos, nunca ultrapassam os limites do retrógrado moralismo religioso, que a FeB herdou do Catolicismo medieval seguido por Chico Xavier.

Quando o assunto ia longe de temas sobre religiosidade, aí as coisas pioraram. Conservador, graças ao medievalismo que sempre seguiu, Divaldo optou pelo direitismo, condenava o Socialismo - embora seja estigmatizado como altruísta incansável, o que fez muitos fiéis se surpreenderem com seu conservadorismo político - e declarou seu voto em Bolsonaro, vendo nele um político competente.

Divaldo declarou sua admiração por Sérgio Moro, chegando ao ponto de dizer que gostaria de ver o medíocre juiz, agente secreto da CIA, como presidente da república. Apesar da polêmica, fãs esquerdistas de Divaldo preferiam tentar convencê-lo a mudar de ideia do que descartá-lo como liderança, o que mostra o poder imensurável que o farsante tem sobre seus súditos.

Mas agora, não adianta. Para quem previu, supostamente com base na clarividência e no contato com espíritos, um futuro brilhante para o "marreco" de Maringá, tudo desmoronou como um castelo de areia. Mesmo tardiamente, com mais de 40 anos de atraso, os conselhos do sábio Herculano começam a ser ouvidos. Divaldo é mesmo um farsante incapaz de prever o mundo real.

Tudo que Divaldo previu está sendo desmentido. A "era de regeneração" programada para este início de século se mostra um retorno aos mais brutais tempos medievais, mesmo adaptados para o contexto atual de avanços tecnológicos. 

As pessoas, ao invés de se evoluírem, se tornam mais burras e mais gananciosas. Ao invés de morrerem os maus para "purificar" o planeta, os bons e inteligentes vão embora, de saco cheio do atraso evolucional dos seres humanos que dominam a Terra e dos problemas gerados por essas pessoas.

Bom que esta suspeição de Sérgio Moro, inocentando Lula, este o arqui-inimigo das elites seguidoras do farsante Divaldo Franco, mostra que o médium baiano é uma farsa não somente como profeta mas também como filantropo, por se recusar a apoiar o governante que mais fez pelos pobres em nossos país. Mas ser anti-esquerda combina muito bem com quem queria dar restos de comida para pobres numa estranha ração divulgada em um evento supostamente filantrópico.

Aos 94 anos, senil e cada vez mais falando bobagens que são tidas como sabedoria por seus ingênuos seguidores, Divaldo encerrará a sua vida desmoralizado. Mesmo tardiamente, o farsante baiano mostra a sua vigarice, assim como o juiz que ele apoiou. A mentira tem perna curta, mesmo que ela seja relativamente longa. Cedo ou tarde, a verdade sempre aparece para nos lembrar que ela existe.

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